Page 22 - Edição 2 - Revista UFSCar
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ESPECIAL - CANA DE AÇÚCAR
Universidades Federais participantes da Ridesa:
1 - UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso
2 - UFPI - Universidade Federal do Piauí
3 - UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco
4 - UFAL - Universidade Federal de Alagoas
5 - UFS - Universidade Federal de Sergipe
6 - UFV - Universidade Federal de Viçosa
7 - UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
2 3 8 - UFPR - Universidade Federal do Paraná
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UFSCar 5
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8 Ridesa:
79 bases de pesquisa – laboratórios, estações de
cruzamento, estações experimentais e bases de seleção
Parcerias com mais de 300 instituições – usinas e
empresas
94 variedades de cana-de-açúcar, sendo 25 variedades
lançadas pela UFSCar
ÚLTIMAS VARIEDADES DESENVOLVIDAS PELA UFSCAR (2015): Todas as variedades apresentam
RB975952: Possui elevado teor de sacarose no início de safra; resistência às principais doenças,
RB985476: Apresenta alta produtividade para o meio de safra; e atendem as novas demandas do
RB975242: Desenvolvida para ambientes de médio a baixo potencial produtivo setor sucroenergético.
e colheita propícia para final de safra;
RB975201: Apresenta ótimo perfilhamento e alta produtividade, recomendada
para ambientes com alto potencial produtivo. Fonte: Ridesa, 2015
sam ser mais do que produtivas e Em relação ao clima propício para detalhamento”.
suportar as alterações climáticas, de- plantio e cultivo da cana, Hoffmann É por conta dessas peculiari-
vem ser resistentes a doenças e tam- explica que “algumas variedades in- dades que o melhoramento gené-
bém se adaptar às mudanças tecno- teragem com o ambiente. Ou seja, tico é essencial para a pesquisa e
lógicas. Por exemplo, a mudança do temos variedades em São Paulo que produção de novas variedades. O
corte manual para o mecânico exigiu processo é dividido em três etapas
adaptações na própria planta. As va- Luiz Fernando principais: pré-melhoramento, me-
riedades têm que estar adaptadas ao Pereira lhoramento e pós-melhoramento.
ambiente da melhor maneira possí- O docente explica que a fase inicial
vel, então temos o desafio diário de – também chamada de hibridação
produzir mudas com características – se refere ao cruzamento genético,
peculiares”, detalha. feito na Estação de Floração e Cru-
O foco, portanto, é criar cultivares zamento Serra do Ouro, da Ufal, em
com máxima produtividade e adap- Murici (AL). “Lá estão as melhores
tabilidade – e não só para produção condições do Brasil para a cana flo-
de açúcar e etanol. Ao contrário do Rogério Gianlorenzo rescer e, assim, fazer a combinação
que muitos pensam, a cana não se entre os parentais, ou seja, os cruza-
transforma apenas nesses dois pro- mentos – que são realizados no pe-
dutos. “Ela tem alto potencial para vão muito mal no Nordeste e vice- ríodo de abril a julho”, diz Hoffmann.
usos na indústria química. Hoje, as -versa. Mas há também as ecléticas, Em seguida, as sementes são
usinas necessitam agregar valor à que se comportam bem em diver- direcionadas para as diferentes
produção e se manter no mercado sos ambientes. É trabalhando com universidades pertencentes à Ri-
por meio de diversas aplicabilida- elas, no dia a dia, que conhecemos desa, dentre elas o Campus Araras
des”, enfatiza o professor. cada interação com muita cautela e da UFSCar. Os pesquisadores geral-
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