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ESPECIAL SAÚDE - AUTISMO







                                                                                crianças no ensino regular”, destaca
                                                                                a professora.

                                                                                Fazendo diferença
                                                                                   Goyos diz que os principais de-
                                                                                safios no que diz respeito ao autis-
                                                                                mo  estão  relacionados  à  demora
                                                                                do  diagnóstico  e  aos  tratamentos
                                                                                inadequados,  que  comprometem
                                                                                o desenvolvimento da criança. Foi o
                                                                                que aconteceu com Samira Ubaide
                                                                                Girioli, médica  cardiologista,  mãe
                                                                                de um menino de 9 anos diagnos-
                                                                                ticado com autismo. Ela conta que
                                                       Estímulos adequados garantem   percebeu que o filho tinha algo di-
                                                          a evolução do tratamento
                                                                                ferente quando era bebê: ele reagia
                                                                                a  propagandas  na  televisão,  mas
          fala e comunicação”, lembra a mãe.  partir  dos  princípios  das  interven-  não emitia nenhum som. “A gente
            O  diagnóstico  do  menino  fi-  ções  em  ABA.  Ana  Cláudia  Giglioti   foi observando que na evolução,
          cou  obscuro  durante  nove  anos.   Françoso é professora de Português   ele  foi  perdendo o contato  visual.
          Somente  na terceira avaliação  da   dos 7  e 9  anos na Escola Dalila Gal-  Ele  não  mandava  beijo,  nem  fazia
                                                 o
                                                     o
          Associação  de Pais  e Amigos dos   li, que hoje tem 900 alunos do 1  ao   caretas ou dava tchau; não respon-
                                                                         o
          Excepcionais (Apae) - ele tinha sido   9  ano. Um total de 20% dos alunos   dia. Isso tudo perto de um ano. A
                                              o
          atendido aos 5, aos 7 e, então, aos   é público-alvo da Educação Especial.   fala  não  veio.  Eu  já  tinha  um  filho
          9 anos - veio o diagnóstico de au-  “Temos um grande número de alu-   mais  velho,  a  nossa  referência,  e
          tismo.  “Foi  quando  consegui  aten-  nos com ‘necessidades especiais’.   aquilo foi  me  incomodando,  mas
          dimento na própria Apae, além de   Muitas vezes, nós professores fica-  eu não sabia o que era exatamen-
          poder pleitear uma vaga na Escola   mos perdidos sobre como trabalhar   te”, relembra  Samira.
          Dalila Galli”. E logo veio a diferença.   com eles em sala de aula”, relata   Demorou três anos para o filho
          “Em um ano e meio, ele aprendeu    Ana  Cláudia.  Ela  leciona  na  escola   ser  diagnosticado com autismo.  E
          a ler e a escrever, interage com ou-  há cinco anos e diz que houve uma   a demora no diagnóstico não foi o
          tras crianças, participa em sala de   grande diferença quando o Lahmiei   único desafio. O menino era aten-
          aula,  e  a  relação  com  a  gente  em   se tornou parceiro da instituição.   dido por vários  terapeutas  e  pro-
          casa é outra. É muito bom ver a fe-  “Agora temos auxílio de pessoas ca-  fissionais,  mas  chegou  aos  5  anos
          licidade dele  quando  consegue  se   pacitadas que nos auxiliam não só   falando apenas quatro palavras. De
          comunicar e aprende algo novo”,    em sala, mas nos desafios diários da   acordo com a mãe, os tratamentos
          comemora a mãe.                    escola. Agora, conseguimos desen-  da terapia eclética  [o garoto  era
            O segundo projeto social do Lah-  volver planos de ação para trabalhar   atendido por neurologista,  pedia-
          miei  visa  capacitar  os  profissionais   melhor com os alunos ‘especiais’ e   tra, fonoaudiólogo, psicopedagoga,
          da Educação, cuidadores e pais de   estamos mais satisfeitos vendo que   terapeuta  ocupacional,  psicólogo
          crianças diagnosticadas com TEA, a   conseguimos incluir melhor essas   e  otorrinolaringologista]  eram  ca-



                                                                                      Profissionais ligadas ao Lahmiei que
                                                                                          oferecem tratamento em ABA





















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