Page 8 - Edição 2 - Revista UFSCar
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ESPORTE
um pouco, mudar o foco me ajuda
muito a diminuir o estresse e aliviar
a cabeça”, diz o capitão.
A prática do polo oferece be-
nefícios físicos importantes aos
atletas. “O polo garante um melhor
condicionamento físico e é um dos
esportes que mais desenvolve a
capacidade cardiopulmonar dos
atletas, dada a intensidade das par-
tidas. É muito completo!”, afirma
o estudante de Engenharia Civil.
Gustavo conta também que a equi-
pe da UFSCar é uma das poucas
amadoras que treina diariamen- Fim de mais uma tarde
de treinamentos do
te. “Precisamos manter o time em time da Universidade
treinamento constante, até porque
recebemos novos atletas com fre-
quência”, relata ele. Além dos trei- para você, joga pela equipe. Isso é participa de treinos semanais com
nos na piscina, os jogadores fazem um princípio básico para os nossos a equipe atual. Para ele, a relação
exercícios e corridas fora da água e jogadores”, destaca o capitão. dos atletas mais novos com aque-
mantém treinos em academia. Se a condição física e o entrosa- les que já têm mais experiência na
mento são cruciais para o bom de- modalidade é bastante positiva. “O
Espírito de equipe sempenho do atleta no polo aquá- polo aquático não é fácil de ser joga-
“O trabalho de equipe é funda- tico, Gustavo destaca que a parte do, física e taticamente. E a grande
mental nos treinos e nos jogos. Uns tática também faz muita diferença maioria dos que praticam esse es-
ajudam os outros. Por exemplo, se nas competições. “Uma jogada tem porte na universidade, assim como
um atleta tem dificuldade para flu- diversas consequências que podem eu, começa do zero, muitas vezes
tuar na água, os mais experientes comprometer ou ajudar o desem- até sem nunca ter assistido um jogo
se unem e ajudam a flutuação até penho do time. Essa parte tática, o sequer. Portanto, leva um tempo até
que esse jogador tenha condições jogador só adquire com o tempo, e aprender a jogar mesmo, entender
de fazer isso sozinho. Você não joga nesse ponto contamos com o apoio o jogo. Eu acho que os jogadores
de ex-atletas que nos ensinam as mais antigos podem ajudar a fazer o
melhores táticas de jogo”, conta ele. pessoal mais novo entender o jogo
Alexandre Stuart formou-se em mais rápido”, afirma Alexandre.
Fisioterapia na UFSCar em 2000. Ele O time de polo da UFSCar não
começou a praticar o polo aquático tem um técnico e os próprios atle-
na Universidade em 1997, atuou em tas repassam os conhecimentos
competições até 2012 e até hoje para aqueles que chegam à equipe.
“Fizemos alguns testes com técni-
cos, mas não deu certo. O grupo
COMO SURGIU segue dessa forma, com os mais
O NOME ‘POLO experientes ensinando os princi-
piantes, e assim mantemos nosso
AQUÁTICO’ time fortalecido e persistente”, con-
clui o capitão Gustavo.
O polo aquático foi criado no século XIX, por volta de 1870,
em Londres, Inglaterra. No entanto, há relatos que indicam que Parcerias e competições
o esporte era praticado desde o século XVIII, principalmente na Um parceiro de destaque do
Inglaterra e na Escócia. A modalidade recebeu o nome “polo” por- polo aquático da UFSCar é o time
que os primeiros jogadores atuavam montados em barris que da Universidade de São Paulo (USP)
pareciam cavalos e acertavam a bola com uma marreta. O espor- de São Carlos. As equipes fazem
te foi incluído nas Olimpíadas de Verão no ano de 1900, somente partidas amistosas semanalmente
na vertente masculina. As mulheres passaram a integrar a com- como forma de estimular os trei-
petição mundial apenas 100 anos depois, em 2000. namentos e também participam,
conjuntamente, das competições
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