Page 41 - Revista UFSCar - Edição 01
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CULTURA
Rogério Gianlorenzo
Em sentido horário: público do
festival, Yamandu Costa, Paulo
Moura e Andreas Kisser
influência, legado, composições, his-
tória, parcerias etc. Em seguida é
escolhido o convidado homenagea-
do: em 2016 foi Nailor Proveta e em
2017 será Paulo Bellinati.
Depois da proposta do evento
pronta, é feito o projeto que é enca-
minhado ao Ministério da Cultura, fotos Ivan Moreira
via Fundação de Apoio Institucional
ao Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (FAI) para captação de
recursos utilizando os benefícios da
Lei Rouanet. Busca por patrocínios,
agenda dos artistas, contratações
de palco, lona, logística de trans-
porte e assim vai até o último minu-
to do Festival, já com a cabeça no
próximo Chorando Sem Parar!
Eu e o Chorando Sem Parar
“A minha relação com o Chorando Sem Parar primeiro foi como ou- “A minha relação com o Festival
vinte, com muita admiração. A minha segunda relação foi como músico. Chorando Sem Parar é de apoiador,
Toquei algumas vezes e foi muito prazeroso, principalmente na última edi- além de fazer parte da plateia. Sou
ção, quando toquei no grupo Pente Fino. Por fim, minha última relação que um Contribuinte da Cultura e há vá-
tenho tido com o Festival, desde a edição de 2015, é de se aliar a ele, ou rios anos também destino parte de
seja, agregar ao Chorando um projeto do qual sou o coordenador, que é meu Imposto de Renda devido (IR)
a Mostra Musical dos Alunos do Curso de Música da UFSCar (MoMA). Os ao festival, tal como permitido pela
alunos puderam se apresentar no Chorando Sem Parar, dentro das nor- Lei Rouanet. Assisti a todas as edi-
mas e regras previstas para o Festival. Essa relação traz grandes benefícios ções do Festival. A primeira foi por
aos alunos por proporcionar experiência, e também o desafio de tocar um acaso, a convite de um amigo. De
repertório que não é exatamente o que eles vêm desenvolvendo em seus lá para cá fico atento ao calendário
grupos musicais”. para poder participar do maior nú-
Fred Siqueira Cavalcante - Músico e professor da UFSCar mero possível de atividades. Eu não
saberia dizer qual edição mais me
“Considero-me um privilegiado por fazer parte da história deste Festival. agradou. Sou suspeito. Creio que
Desde sua primeira edição, em 2004, tenho considerado o Chorando Sem Pa- houve, isso sim, momentos de mui-
rar uma das mais importantes iniciativas culturais neste setor. Graças à visão e ta alegria e emoção em cada uma
dedicação da produtora Fátima Camargo Catalano, de sua equipe e do Projeto delas. Cada artista que dá nome à
Contribuinte da Cultura, o Chorando Sem Parar tornou-se ponto de integra- edição e cada músico homenagea-
ção e fusão da música instrumental fora do eixo Rio-São Paulo. Reunindo uma do dão ao Festival um tempero dife-
constelação de instrumentistas nacionais e estrangeiros, o Festival tem dado rente. Também o fato de se trazer a
espaço à expressão de músicos iniciantes e consagrados, divulgando o Choro mistura dos vários estilos de Choro,
no Brasil e no mundo. O que mais me atrai na fotografia do Chorando Sem do tradicional ao moderno, e até
Parar é conseguir reter a expressão do músico, e a resposta da plateia à sua mesmo de juntar a ele outros gê-
apresentação. Atrai-me bastante registrar o esforço da equipe de produção, neros, faz do Chorando Sem Parar
que faz um grande esforço para levar ao público, anualmente, o Festival. Lem- um festival surpreendente. Cada
bro-me de muitas apresentações tocantes de artistas no palco. Por muitas ve- edição é única!
zes eu parava de fotografar, para ouvir e sentir o momento da apresentação.” Osvaldo Magno Freixo – Auditor da
Ivan Moreira – Fotógrafo Receita Federal
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