Page 12 - Revista UFSCar - Edição 01
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ESPORTE
É CAMPEÃO
“Esses atletas são selecionados mover a integração no ambiente
pelo corpo técnico da seleção bra- universitário. “Quando você chega
sileira. Isso é um reconhecimento na Universidade, depois de ter dei- Tetracampeão
importante para o nosso trabalho”, xado a família e os amigos de infân- Nacional
conta Mamá, que continua como cia, e encontra um espaço como o
técnico do grupo. Cheer, que tem uma mensagem su- Universitário 2016
Se por um lado a equipe já é per positiva, é muito motivador”, re-
campeã, por outro lado os alunos lata Luina Batista de Almeida, aluna
integrantes se sentem vitoriosos do curso de Imagem e Som. Mamá Ouro All Girl (nv. 2)
também com os benefícios que a completa: “O desempenho e os Prata CoEd (nv. 2)
prática do Cheer traz para a qualida- bons resultados que conseguimos Prata Pom Dance
de de vida. “O Cheer sempre foi um são fruto também de um forte laço
ponto de escape das minhas ativi- de amizade que se forma na equi- Prata All Girl (nv. 2)
dades acadêmicas. No time, eu es- pe. Uma amizade que talvez não se Prata All Girl (Group
queço as minhas preocupações. Eu estabeleceria se não fosse o Cheer,
sou base, ou seja, subo as meninas já que os alunos vem de cursos e Stunt nv. 3.2)
e me preocupo em manter meu áreas muito distintos”, afirma.
pensamento ali, protegendo minha A paixão pelo Cheerleading pode Cinco atletas já
amiga que está lá em cima. Nos até mudar a vida das pessoas. Foi o
treinos, eu conseguiria descansar a que aconteceu com o próprio Mamá, integraram a
minha cabeça das questões familia- que deixou a Engenharia de Compu- Seleção Brasileira
res e da universidade”, diz Drielly Vi- tação e agora está se formando em
lela, aluna que acaba de se formar Licenciatura em Educação Física na de Cheerleading
em Matemática pela UFSCar. Drielly UFSCar e permanecerá mais dois
conta também que o Cheer foi mui- anos na Universidade para concluir 1º lugar no quadro
to importante para o seu desem- também o Bacharelado na mesma
penho nas atividades acadêmicas. área. “Quero permanecer no Cheer “Se Vira nos 30”, da
TV Globo (2016)
Tiago Santi Equipe CheerLakers
treina no campus
Lagoa do Sino
pensa que todos esses benefícios
estão restritos apenas a atletas em
plena forma física. Para surpresa de
muitos, o Cheer pode ser pratica-
do por pessoas de vários biotipos,
contrariando aquela imagem das
partidas de futebol americano em
que as cheerleaders parecem ter to-
das o mesmo perfil. “Eu conhecia o
Cheerleading apenas pelos filmes e
“Meu compromisso com os treinos e poder trabalhar com esse esporte séries de TV, e com pessoas com a
e preparo para as competições me mesmo depois de encerrar minha mesma forma física. Quando você
ajudaram a ser mais organizada na graduação”, conta ele. descobre a modalidade percebe
vida acadêmica e nas tarefas do Melhor desempenho acadêmi- que há até categorias adaptadas
curso”, afirma a atleta. co; mais concentração; possibilida- para pessoas com necessidades
Além disso, o Cheerleading con- de de esquecer dos problemas e especiais e que tem atletas de to-
tribui para construir um ambiente de construir novas amizades... até a dos os tipos”, diz Luina. Mamá expli-
de amizade que pode diminuir a descoberta de horizontes criativos ca que o Cheerleading é um esporte
saudade que muitos estudantes para a vida pessoal e profissional. que precisa de praticantes de diver-
sentem de casa e da família, e pro- Esse é o Cheer e engana-se quem sos biotipos. “Nos mais altos níveis
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