Page 11 - Revista UFSCar - Edição 01
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ESPORTE




                                                                            Letícia Longo  Drielly Vilela relata a
                                                                                importância do Cheer na
                                                                                sua vida acadêmica.

            No Brasil, são famosas as torci-                                    as equipes nas competições. Aí eu
          das organizadas dos times de fute-                                    descobri o  Cheer  e  fiz  muitas  pes-
          bol que – quando imbuídas apenas                                      quisas,  inclusive com livros impor-
          pelo  espírito  esportivo  –  apresen-                                tados e em conversas com técnicos
          tam verdadeiros espetáculos nos                                       do exterior.  Muitos  interessados
          estádios; já nos Estados Unidos são                                   surgiram e começamos o trabalho”,
          muito comuns as cheerleaders, líde-                                   relembra Mamá.
          res de torcida, que preparam apre-                                       Atualmente,  a  equipe  do  Cam-
          sentações  com dança,  repletas de                                    pus São Carlos tem 45 integrantes,
          acrobacias, ritmo e pompons, com                                      estudantes  de diversos  cursos  de
          o objetivo de estimular os jogado-                                    graduação da Universidade. O pro-
          res e animar  as arquibancadas.                                       grama da equipe atual conta com
          Você já deve ter visto uma cena                                       dois times: o time AllGirls (feminino)
          dessas em algum blockbuster ame-                                      e o CoEd (misto). Na classe “Univer-
          ricano, não é mesmo?                 “Eu  participava  da  bateria  da   sitário”, o Cheerleading UFSCar é te-
            O Cheerleading – a prática de ani-  UFSCar e íamos em muitos torneios   tracampeão brasileiro, somando as
          mar as torcidas –  pode ser descrito   esportivos. Percebi que as pessoas   pontuações  dos times  e também
          como sendo um misto de ginástica ar-  assistiam aos jogos, mas poucos se   das  participações  individuais  dos
          tística, dança e alongamento com can-  envolviam  na torcida. Minha  ideia   atletas.  Além disso, cinco atletas
          tos e palavras de estímulo para enga-  foi  procurar uma  alternativa  para   do time  da Universidade já foram
          jar os torcedores e encorajar quem   motivar  mais  a  torcida,  entenden-  escolhidos  para  compor a  equipe
          está em campo. Começou em 1877     do que isso era importante para    brasileira no campeonato mundial.
          em Princeton (EUA) e talvez o primei-
          ro coro de Cheerleading tenha sido em
          1898, em Minnesota (EUA): “Rah, Rah,                                                                   Will Veltroni
          Rah! Ski-U-Mah! Hoo-Rah! Hoo-Rah!
          Varsity! Varsity! Minn-e-so-tah!”. De lá
          para cá, houve um constante cresci-
          mento da prática nos Estados Uni-
          dos: o Cheer deixou de ser entendido
          apenas como grupos de animadores
          de torcida e se tornou por si só um
          esporte completo, que exige flexibili-
          dade, força, companheirismo e sinto-
          nia entre os praticantes. Por aqui no
          Brasil, no entanto, o Cheerleading en-
          gatinha, tendo sido introduzido como
          esporte apenas em 2008.
            Se País afora a prática ainda é
          pouco  difundida,  dentro  da  UFSCar
          ela se torna cada vez mais popular.
          A  Universidade,  inclusive,  é  pionei-
          ra no desenvolvimento e divulgação    O CHEERLEADING
          do  Cheerleading como modalidade
          esportiva no cenário universitário na-  Uma modalidade esportiva originária nos Estados
          cional: a primeira equipe da UFSCar   Unidos que consiste no uso organizado de música, dança
          foi criada já em 2009 no Campus São   e elementos de ginástica para fazer com que os torcedores
          Carlos  -  Cheerleading  UFSCar  -      a   animem seus times em partidas de futebol americano, bas-
          partir da iniciativa do aluno Marcelo   quetebol e futebol de campo. Além desse caráter motivacional,
          Cardoso (Mamá), que na época era      há  também  campeonatos  específicos  de  Cheerleading como
          estudante de Engenharia de Compu-     modalidade esportiva. No Brasil, o esporte chegou oficialmen-
          tação e se tornou técnico da equipe.   te em 2008, por meio da Comissão Brasileira de Cheerleading
          Em 2015, motivados pela consolida-    e, atualmente, tem como representante oficial a União
          ção do time em São Carlos e na bus-   Brasileira  de  Cheerleaders  (UBC),  entidade  afiliada  à
          ca pela prática esportiva, os alunos   International Cheer Union (ICU).
          do Campus Lagoa do Sino deram iní-      Saiba mais em www.ubcheer.com.br.
          cio às atividades do CheerLakers.

                                                                                                   revista UFSCar  7
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