Page 28 - Revista UFSCar Edição 3
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ESPECIAL SAÚDE - USE
HISTÓRIAS DE VIDA
pollo Bueno Rocitto tem oito anos e frequenta a Ocupacional, como a de Fisioterapia focaram ações para
USE desde um ano de idade. Ele é atendido nas alcançarmos esses objetivos”, diz a mãe.
áreas de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, na Para Tássia de Azevedo, Apollo tem demonstrado
ALinha de Cuidado em Infância e Adolescência. O avanços significativos, com mais autonomia em atividades
garoto foi diagnosticado com paralisia cerebral aos quatro da vida diária, como alimentação e escolha do vestuário.
meses de vida. “A maior vitória foi ver o Apollo conseguir ficar em
Ana Paula Rocitto, mãe de Apollo, valoriza muito posição para usar o andador. Alguns médicos tinham
a possibilidade de poder participar do tratamento indicado que ele fosse para uma cadeira de rodas, mas
do seu filho a partir do diálogo aberto com a equipe. eu não quis. Com o trabalho da USE, hoje ele usa o
“Eles me ouvem, eu tenho liberdade de falar e posso andador. Além disso, o carinho da equipe e a qualidade do
participar do tratamento do meu filho”, diz, emocionada. tratamento fazem toda a diferença na vida dele”, finaliza
“É sempre importante considerar a opinião da família, Ana Paula Rocitto.
para além de orientá-la nos cuidados, a fim de estimular
as potencialidades das crianças nos seus diferentes Apollo e sua mãe,
contextos”, considera Tássia Lopes de Azevedo, docente do Ana Paula
Departamento de Terapia Ocupacional (DTO) da UFSCar
e que participa dos cuidados ao Apollo.
Ana Carolina de Campos, professora do DFisio e que
também atende a criança, explica que o plano terapêutico
do menino é individualizado, assim como o de todos os
outros pacientes, e que os objetivos e estratégias de
atendimento são traçados por meio de discussão entre a
equipe, visitas ao domicílio e à escola que Apollo frequenta.
Inclusive, a equipe da USE foi importante no início da vida
escolar do Apollo. “Meu filho frequenta uma escola regular
e precisava, além de mais autonomia, se sentir próximo
das outras crianças. Pedi ajuda e, tanto a equipe de Terapia
ndréa Regina Rossi Suzuki tem 44 anos e chegou esperar e buscou a parceria de Crispim Antonio Campos,
à USE em fevereiro de 2018, com um quadro psicólogo e docente do Departamento de Medicina
depressivo, acompanhada de seu esposo, Fábio (DMed), que também desenvolve atividades na Unidade.
A Chaves Suzuki. “Na manhã em que ela chegou, Assim, o plano terapêutico da paciente foi surgindo de
eu estava no acolhimento e vi ali uma pessoa sofrida, acordo com as demandas que ela apresentava. “O começo
que precisava de atenção”, relembra Isabel Frederico, foi com a terapia e, depois, identificamos a necessidade
assistente social da USE. Mesmo não havendo, naquele de um cuidado em Nutrologia, devido a um quadro de
momento, uma linha de cuidado específica que pudesse anorexia, então, acionamos o professor Washington [de
atender a Andréa, Isabel avaliou que não era possível Abreu Jesus, do DMed da UFSCar]”, descreve Campos.
A partir de todo tratamento, Andréa já reconhece
avanços: “Antes da USE eu era muito pessimista, achava
que morrer seria a melhor solução para tudo. Hoje, eu
penso que viver vale a pena”. Para a assistente social e o
psicólogo, o tratamento da usuária tem evoluído de forma
tranquila e saudável, indicando que as ações planejadas
seguem um caminho correto. Já Fábio, esposo de Andréa,
acredita que a USE tem oferecido algo diferente para ela.
“Nem quando passamos por atendimento particular ela foi
atendida dessa maneira tão carinhosa e calorosa. A USE
nos deu esperança e, em pouco tempo, minha esposa já
está começando a planejar um futuro”, comemora ele.
Crispim Campos, Andréa Suzuki e Isabel Frederico
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